Está surgindo uma nova versão do conceito de greenbuilding, “edifício
verde”, os novos projetos além de prever a geração da própria energia,
reutilização da água e reciclagem também geram alimento para seus moradores ou
vizinhança.
O projeto
Dragonfly é um edifício ecológico – em forma de libélula – que foi
desenvolvido pela empresa Vincent Callebaut
Architectures para resolver o problema da poluição e reconectar a
população de Nova York à natureza. Sua estrutura conta com duas torres
simétricas transparentes, no formato de asas, que se conectam por meio de uma
estufa, climatizada graças ao sistema interno de recolhimento de energia
solar. Todas as paredes são preenchidas com hortas e a água utilizada é
coletada, tratada e reaplicada nas plantações. Além da arquitetura inteira
focada no ideal verde, o projeto do edifício ainda destaca uma belíssima
vista do skyline de Nova York.
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O empreendimento de 132 pavimentos e 600 metros de altura poderia
acomodar 28 setores diferentes para a produção de frutas, vegetais e grãos.
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Edifício Dragonfly
O projeto foi inspirado nas asas
de uma libélula e prevê laboratórios de pesquisa e áreas comuns intercalados
entre pomares, hortas e salas de produção. Os espaços entre as "asas"
possuem sistemas de energia solar que acumulam e mantêm o ar morno dentro da
estrutura durante todo o inverno. Já no verão, os jardins verticais exteriores
são capazes de filtrar a água da chuva e reutilizá-la nas plantações.
Basicamente a mesma função do empreendimento canadense Harvest Green
Project, elaborado pelo escritório Romses Architects, e que venceu a competição
"The 2030 Challenge" (em tradução literal, "O Desafio de 2030),
criada para premiar as melhores soluções e projetos que diminuam a emissão de
carbono na atmosfera.
Seja em Nova York ou no Canadá, a
fórmula de criação desses arranha-céus é praticamente a mesma: são edifícios em
áreas urbanas, que possuem sistemas de geração de energia solar e/ou eólica e
andares divididos em diversas produções agrícolas. A geração da energia própria
para o funcionamento do prédio e o cultivo de alimentos para os seus moradores
ou vizinhança dariam a esses prédios a característica de autossustentáveis.
O edifício Harvest Green Project possui a mesma diversidade de
plantações do Drangonfly Vertical Farm, porém prevê também a construção de
espaços abertos para a criação de animais e aves, além de salas para a
reprodução de peixes. Ao invés de fachadas convencionais, com pintura,
pastilhas ou vidro, o edifício é todo coberto de vegetação rasteira. Para
comercializar a produção da fazenda vertical, os arquitetos do escritório
Romses Architects projetaram um supermercado aberto ao público no térreo.
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