segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

FLEXIBILIDADE - A ARTE DE VIVER

Um belo texto, deixe a paz te dominar.


FLEXIBILIDADE - A ARTE DE VIVER


(Aprendendo a Esfriar a Fervura das Emoções)


Na vida, as coisas são como têm de ser. Nem sempre acontece o que se quer.






Tudo é possível, dentro da relatividade das possibilidades e das percepções. O que comove um, pode irritar outro.






As coisas da vida são como o rabo de um jumento: balançam para lá e para cá...






Quem é radical na postura – filosófica, religiosa, humana ou espiritual –, dança feio nas pistas da relatividade.






Na natureza, nada é fixo; tudo vibra, tudo muda. A única coisa imutável é a lei cósmica de que tudo muda.






A flexibilidade é a grande firmeza, como ensinavam os antigos sábios taoístas. Por isso, o bambu novinho não quebra contra o vento: ele é flexível. Já o bambu velho é ressecado e duro; contra o vento, quebra facilmente.






Os antigos iniciados celtas também ensinavam algo parecido e usavam, como exemplo didático, o instinto da tarântula, quando tecia sua teia. Essa aranha – uma das mais venenosas dentre os aracnídeos –, prende as pontas de sua teia em pequenas plantas ou em ramos flexíveis. Dessa forma, quando o vento sopra contra, sua teia não se rompe, pois sua base não é rígida. A teia até balança muito, em conseqüência do movimento dos ramos onde está baseada, mas não quebra. Na flexibilidade de suas bases, está a firmeza!






Logo, quem é rígido nas coisas da vida corre o risco de quebrar feio. Como diz o ditado popular: “Nunca diga nunca!”






Não leve as coisas para o lado pessoal, nem dramatize o que acontece. Certos eventos rolam por causa da relatividade das possibilidades. Tudo é possível. Por isso, abra a mente.






Agora, faz calor; mais tarde, ventará; e depois, virá a chuva. Isso não tem nada a ver com você, é só o jeito da natureza e seus ciclos vitais. Com você presente ou não, o mundo continuará girando sem parar... Quer você ria ou chore, a natureza é do jeito dela! Então, de que adianta se agitar e reclamar porque o tempo não está como você quer?






E, dentro de você mesmo, não é assim também?






Tem hora em que você está bem quente, irritadão. Em outros momentos, frio, desinteressado. E, às vezes, chove torrencialmente em seus olhos – choro. Preste atenção: a natureza não tem nada contra você. Se toque: você não é vítima de coisa alguma.






Quando o vento vier, seja como o bambu novinho: balance, mas não caia! Quebrar, para quê?






E, quando tecer os pensamentos e intenções em sua mente, que suas bases sejam flexíveis.






Agora faz calor; mais tarde, ventará; e depois virá a chuva. Da mesma forma, agora é primavera; em breve virá o calor do verão; depois, o outono refrescará a atmosfera; e, finalmente, o frio chegará com o inverno. E tudo o que nasce, vive e cresce, fenecerá no fim do ciclo... E viverá além, em outros ciclos astrais, sempre seguindo...






A natureza é o que ela é! Quer você ria ou chore, tudo passa...






E, da próxima vez que o vento da vida vier de frente com você, qual será sua reação? Bambu velho e rígido? Ou bambu novinho e flexível? Tecedeira com bases fixas? Ou a sabedoria da tarântula nas bases flexíveis?






Se ligue: nada de tempestade em copo d’água! Dê um tempo na agitação e na sua irritabilidade. Esfrie essa fervura!






Se ligue: pode ser que haja ventania vindo por aí... ou não! Quem sabe?






Parodiando os espíritos da Companhia do Amor (1), digo a você: o mantra (2) de hoje é “OM Bambuzinho OM!”














- Wagner Borges -






São Paulo, 11 de janeiro de 2007.


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