segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Brasil define meta para redução da emissão de gases até 2030 e faz declaração absurda sobre energias renováveis.

A presidente do Brasil discursos na Cúpula das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável de 2015.
A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27), na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005.
Ela ainda disse que outra meta é zerar desmatamento ilegal até 2030.


O que é muito pouco de trabalho efetivo nesse sentido, teremos que conviver com esse crime ambiental por muito tempo. O Brasil é o único país no mundo de renda média que convive com uma alta taxa de desmatamento e com muita ilegalidade.


E na entrevista coletiva que a presidente concedeu após o discurso, se mostrou muito “desinformada” sobre a questão da energia solar, citando que ainda não existe possibilidade de substituir boa parte da geração da energia por hidrelétricas, será mesmo só desinformação ou os interesses nocivos que já conhecemos ? (Resumo da entrevista no final do texto)

Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o anúncio é uma indicação positiva, mas ainda com um grau de ambição insuficiente. "Se comparar com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo a fazer mais. Mas se comparar com o que o país tem de potencial de redução de emissões, com a nossa responsabilidade e com a urgência, poderíamos ser mais ambiciosos", afirmou.
Levando em conta que o total de emissões em 2005 foi de 2,03 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, a meta representaria emitir 1,28 bilhões de toneladas em 2025 e 1,15 bilhões de toneladas em 2030.

Combate ao desmatamento

A presidente também detalhou metas do país no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas.
"Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta", disse a presidente.
Para Rittl, limitar a meta ao fim do desmatamento ilegal é um ponto preocupante do anúncio. "Significa que teremos que conviver com esse crime ambiental por muito tempo. O Brasil é o único país no mundo de renda média que convive com uma alta taxa de desmatamento e com muita ilegalidade."
Ele lembra que 15 estados brasileiros que tem Mata Atlântica se comprometeram a zerar o desmatamento ilegal em 2018, muito antes do que o governo federal se propõe a fazer no âmbito nacional.

Fontes renováveis

No discurso, Dilma citou também metas do Brasil para a área de energia. Um dos objetivos, segundo ela, é estabelecer um limite de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética.
"Na área de energia, também temos objetivos ambiciosos. Primeiro, a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética [...] Segundo, a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade. Terceiro, a participação de 23% das fontes renováveis, eólica, solar e biomassa, na geração de energia elétrica. Quarto, o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica.Quinto, a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética", detalhou a presidente.
"As adaptações necessárias frente à mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo", continuou Dilma. "O Brasil assim contribui decisivamente para que o mundo possa atender às recomendações do painel de mudança do clima, que estabelece limite máximo de 2°C de aumento de temperatura neste nosso século", concluiu a presidente.
Hidrelétricas
Após o discurso, a presidente deu entrevista coletiva para explicar as metas do Brasil para o meio ambiente. Ao ser questionada sobre problemas na construção das hidrelétricas de Belo Monte e de entraves para o leilão da usina de São Luiz do Tapajós, que enfrenta resistência de povos indígena, Dilma disse que o Brasil não está pronto "ainda" para abrir mão da energia de hidrelétricas. Ela admitiu falhas, mas enfatizou que elas não farão o governo desistir de conciliar geração de energia com preservação ambiental.
“O Brasil não pode abrir mão da hidreletricidade ainda. Ele abrirá quando ele ocupar o potencial que ele tem para ocupar. Ele terá de abrir e aí nós estaremos diante dos mesmos desafios que os países desenvolvidos estão, colocar o que no lugar? Tem gente que coloca no lugar as fontes físseis [como as de material nuclear]. Eu espero que até lá tenham desenvolvido mais tanto a solar quanto a eólica”, disse a presidente.
"Nós temos feito um imenso esforço para compatibilizar a geração de energia com a preservação ambiental. Tem falha?  Ah, não tenha dúvida que tem, mas o fato de ter falhas não significa que a gente vai destruir esse processo, pelo contrário, a gente tem de reconhecê-las e melhorar. Agora, não se iluda, tem falhas em qualquer construção de qualquer projeto", concluiu Dilma.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Congresso vegetariano Brasileiro – Vegfest 2015


Está acontecendo entre os dias 23 a 26 de Setembro o Congresso vegetariano Brasileiro – Vegfest 2015.

V Congresso Vegetariano Brasileiro revela o maior responsável pela degradação ambiental no planeta
A Universidade Federal de Pernambuco recebe esta semana o maior evento vegetariano da américa latina, o V Congresso Vegetariano Brasileiro, que terá como destaque a exposição da indústria da carne como o grande motivo causador de degradação ambiental do planeta. O tema será abordado em uma série de eventos dentro da maratona de meio ambiente. A maratona terá sua abertura feita pela gerente de campanhas da Humane Society International, Nicole Oliveira, já abordando um tema crucial: o quanto a produção animal e vegetal ameaçam a água.
Esse e muitos outros assuntos serão abordados.

Local: UFPE
Universidade Federal de Pernambuco
(CCSA - Centro de Ciências Sociais Aplicadas)
Av. Prof. Morais Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife/PE
Mais de 100 palestrantes (nacionais e internacionais), oficinas de demonstração culinária, curso e feira de produtos veganos. 
De quarta a sexta: palestras exclusivas para os inscritos. 
Sábado: gratuito e aberto ao público.

Palestras
São mais de 80 palestras com alguns dos maiores nomes do vegetarianismo no Brasil. Contando com a participação de diversos palestrantes internacionais, a programação de palestras do Vegfest Brasil 2015 traz também maratonas de nutrição, ativismo, experimentação animal, movimentos sociais, meio ambiente, proteção animal e empreendedorismo vegetariano.

Oficinas de demonstração culinária
Vegetarianismo é comida. Com pratos de cair o queixo capazes de surpreender até mesmo o mais carnívoro, as dezenas de demonstrações culinárias do Vegfest Brasil 2015 - incluindo várias demonstrações crudívoras - mostrarão que o vegetarianismo não apenas convence pelos argumentos, como também seduz pelo paladar.

Curso de capacitação em nutrição vegetariana
Para profissionais e estudantes da área de saúde - e curiosos em geral -, o Departamento de Medicina e Nutrição da SVB oferece opcionalmente um curso de capacitação em nutrição vegetariana de 6 horas de duração, nas noites dos dias 23 e 24 de setembro. O curso conta com a coordenação do Dr. Eric Slywitch e participação de outros distintos nutrólogos e nutricionistas.

Feira Vegana
Comidinhas veganas doces e salgadas para comer no meio do dia (ou para levar para casa), cosméticos de alta qualidade desenvolvidos sem testes ou ingredientes de animais, ONGs e empresas apresentando o seu trabalho de ativismo ou de fornecimento de produtos e serviços em prol do vegetarianismo. A Feira Vegana é aberta ao grande público. 

Site do evento:

http://vegfest.com.br/2015/

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cúpula das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável 2015

Importante evento reunindo cerca de 150 líderes mundiais começa amanhã, dia 25/09/15 e vai até o dia 27/09/15, visando formar novas agendas para o desenvolvimento sustentável mundial.

O encontro será na sede da ONU em Nova York, as diretrizes que saírem de lá servirão como base de ação da comunidade internacional e dos governos nacionais na promoção da prosperidade comum e do bem-estar para todos ao longo dos próximos 15 anos.

Em uma declaração emitida após o consenso alcançado pelos Estados-membros sobre o documento final da Cúpula, em 2 de agosto, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse: “[O acordo] abrange uma agenda universal, transformadora e integrada que anuncia um momento decisivo histórico para nosso mundo”.
“Esta é a Agenda do Povo, um plano de ação para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões, de forma irreversível, em todos os lugares, não deixando ninguém para trás”, disse.
Acordada pelos 193 Estados-membros da ONU, a agenda proposta, intitulada-se “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.
Concluídas em agosto de 2015, as negociações da agenda culminaram em documento ambicioso que propõe 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas correspondentes, fruto do consenso obtido pelos delegados dos Estados-membros da ONU e sua implementação ocorrerá no período 2016-2030.
A agenda é única em seu apelo por ação a todos os países – pobres, ricos e de renda média. Ela reconhece que acabar com a pobreza deve caminhar lado a lado com um plano que promova o crescimento econômico e responda a uma gama de necessidades sociais, incluindo educação, saúde, proteção social e oportunidades de trabalho, ao mesmo tempo em que aborda as mudanças climáticas e proteção ambiental. Ela também cobre questões como desigualdade, infraestrutura, energia, consumo, biodiversidade, oceanos e industrialização.
No site do Itamaraty vemos essa declaração sobre a atuação do Brasil:
No plano nacional, contamos com esforço amplo e participativo de coordenação para a formação da posição brasileira. Em seus dois anos de funcionamento, o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) envolveu amplamente o Executivo federal e recebeu decisivas contribuições dos Estados e Municípios, da sociedade civil, de movimentos sociais, do setor privado e da academia. Essa ativa participação da sociedade singularizou a atuação e a contribuição brasileira nos debates nas Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.
Vamos acompanhar de perto se realmente as soluções serão implantas.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Como fazer curso técnico gratuito em energias renováveis online na ONU.

A Onu reabre as incrições do curso técnico de energias renováveis.
O curso online foi desenvolvido pelo Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), visando a promover a formação de profissionais na área de energias sustentáveis.
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), por meio do Observatório de Energias Renováveis para América Latina e Caribe, oferece vagas no programa de capacitação técnica sobre Energias Renováveis. O curso é aberto, online e gratuito, e fornece certificado digital para os participantes aprovados. Mais de 40.000 usuários de 133 países já participaram do curso, que está com as inscrições reabertas.

Após realizar a formação completa, os alunos serão capazes de desenvolver projetos de energia renovável. Os módulos podem ser feitos em português, inglês e espanhol e abordam os seguintes temas:
Energia e Mudanças Climáticas; Energia Mini-Eólica; Biogás; Energia Mini-Hidrelétrica; Energia Solar Térmica; Energia Solar Fotovoltaica; Eficiência Energética em Edifícios.

Todos os tópicos fornecem uma revisão técnica sobre os diferentes temas e tecnologias, assim como suas aplicações e visão regional, incluindo a análise de exemplos práticos. Os cursos utilizam didática inovadora e participativa e tem foco na América Latina e Caribe.

Para fazer a inscrição acesse:
http://www.renenergyobservatory.org/br/programa-de-capacitacao.html

Volkswagen assume a fraude na emissão de poluentes em 11 milhões de veículos.

Quem é que paga a conta agora ?
"Volkswagen admite fraude na emissão de poluentes em 11 milhões de veículos."
Apostamos que uma das estratégias de marketing da empresa agora será focada na "sustentabilidade".....

"Sinto muitíssimo por termos traído a confiança dos clientes".
Foi assim que o principal executivo da Volkswagen no mundo pediu desculpas. Na semana passada, a Agência de Proteção Ambiental americana descobriu que um programa de computador mascarava a emissão de poluentes em quase 500 mil carros movidos a diesel nos Estados Unidos. Agora, foi revelado que o problema atinge 11 milhões de carros em vários países.

Apesar de a Volkswagen ter reservado € 6,5 bilhões para arcar com os custos que a fraude pode gerar entre multas e processos, ainda não é possível calcular com precisão o impacto do problema. A própria companhia já admitiu que este montante pode ser revisto, com consequente mudança na expectativa de lucro em 2015 e anos à frente. Apenas nos Estados Unidos, onde 482 mil automóveis com o problema podem ter sido vendidos, as multas podem chegar a US$ 37,5 mil por unidade, o que resultaria num total de US$ 18 bilhões a pagar. 

Mais informações em:
http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/22722/vw-admite-ter-fraudado-as-emissoes-de-11-milhoes-de-carros

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/09/1684813-volkswagen-cortara-meta-de-lucro-e-separa-65-bi-de-euros-para-escandalo.shtml