E sabemos que refrigerante e fast food não tem nada a ver com esportes.
Segundo os críticos, as "medidas
voluntárias" da indústria alimentícia para reduzir as porções e as
calorias são um fracasso.
Médicos britânicos pediram nesta semana
ações diretas contra os gigantes do "fast food" e fazem duras
críticas à presença da Coca-Cola e do McDonald's como dois dos principais
patrocinadores dos Jogos Olímpicos. De acordo com os profissionais, as duas
empresas contribuem para a "epidemia de obesidade" no Reino Unido.
Uma
reportagem do semanal The
Observer afirma que a Academia Real do Colegiado Médico quer
que o secretário de Estado da saúde, Andrew Lansley, passe a tomar medidas
duras para pôr um fim no "marketing irresponsável" de grandes
empresas alimentícias e de bebidas. Os médicos esperam que seja feita uma
estratégia similar com o que aconteceu com os grandes da indústria tabagista na
última década.
Segundo os críticos, as "medidas
voluntárias" da indústria alimentícia para reduzir as porções e as
calorias são um fracasso. Um estudo da Academia prevês que se seguir desta
forma, 48% dos homens e 43% das mulheres britânicas estarão obesas em 2030, aumentando
os riscos de ataques do coração, diabetes e vários tipos de câncer.
Segundo o vice-presidente da entidade,
Terence Stephenson, os ingleses vivem em um ambiente que promove a obesidade.
De acordo com Stephenson, a presença forte da Coca-Cola e do McDonald's nos
Jogos Olímpicos fará com que diversas pessoas sejam influenciadas, já que os
dois patrocinadores gastam milhões com propagandas relacionadas à Olimpíada.
Em
resposta à posição da Academia, um porta-voz da Coca-Cola disse ao The Observer que
sem o patrocínio de sua companhia e outras similares, no mínimo, 170 dos cerca
de 200 comitês olímpicos nacionais que participarão dos Jogos em Londres não
poderiam enviar seus atletas para a capital inglesa.
Além de querer o veto de patrocínio das
empresas alimentícias nos Jogos Olímpicos, os médicos britânicos propõem a
criação de "zonas sem fast food" nas proximidades das escolas, a
proibição de usar pessoas famosas nos comerciais e a obrigação de incluir
informações sobre as calorias e a quantidade de sal, açúcar e outros
ingredientes em seus produtos.
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