quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Médicos queriam Coca-Cola e McDonald's fora do patrocínio das Olimpíadas



E sabemos que refrigerante e fast food não tem nada a ver com esportes. 


Segundo os críticos, as "medidas voluntárias" da indústria alimentícia para reduzir as porções e as calorias são um fracasso.

Médicos britânicos pediram nesta semana ações diretas contra os gigantes do "fast food" e fazem duras críticas à presença da Coca-Cola e do McDonald's como dois dos principais patrocinadores dos Jogos Olímpicos. De acordo com os profissionais, as duas empresas contribuem para a "epidemia de obesidade" no Reino Unido.
Uma reportagem do semanal The Observer afirma que a Academia Real do Colegiado Médico quer que o secretário de Estado da saúde, Andrew Lansley, passe a tomar medidas duras para pôr um fim no "marketing irresponsável" de grandes empresas alimentícias e de bebidas. Os médicos esperam que seja feita uma estratégia similar com o que aconteceu com os grandes da indústria tabagista na última década.
Segundo os críticos, as "medidas voluntárias" da indústria alimentícia para reduzir as porções e as calorias são um fracasso. Um estudo da Academia prevês que se seguir desta forma, 48% dos homens e 43% das mulheres britânicas estarão obesas em 2030, aumentando os riscos de ataques do coração, diabetes e vários tipos de câncer.
Segundo o vice-presidente da entidade, Terence Stephenson, os ingleses vivem em um ambiente que promove a obesidade. De acordo com Stephenson, a presença forte da Coca-Cola e do McDonald's nos Jogos Olímpicos fará com que diversas pessoas sejam influenciadas, já que os dois patrocinadores gastam milhões com propagandas relacionadas à Olimpíada.
Em resposta à posição da Academia, um porta-voz da Coca-Cola disse ao The Observer que sem o patrocínio de sua companhia e outras similares, no mínimo, 170 dos cerca de 200 comitês olímpicos nacionais que participarão dos Jogos em Londres não poderiam enviar seus atletas para a capital inglesa.
Além de querer o veto de patrocínio das empresas alimentícias nos Jogos Olímpicos, os médicos britânicos propõem a criação de "zonas sem fast food" nas proximidades das escolas, a proibição de usar pessoas famosas nos comerciais e a obrigação de incluir informações sobre as calorias e a quantidade de sal, açúcar e outros ingredientes em seus produtos.



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