quarta-feira, 25 de maio de 2011

Casas do CDHU serão sustentáveis.


Se não houver tanto desvio de verbas como nas obras anteriores do CDHU,  o empreendimento vai ser uma ótima referência para a construção de casas populares sustentáveis, vamos acompanhar.  


Projeto habitacional é assinado pelo escritório 24.7, vencedor de concurso realizado no final do ano passado

Mauricio Lima


A Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) começará a utilizar conceitos de sustentabilidade em suas obras, com base em soluções para otimização de recursos, diminuição de consumo energético, redução de emissões e resíduos e menores custos e despesas com manutenção das casas.  Até o final deste ano, a CDHU inicia a construção de 200 unidades habitacionais na cidade de Botucatu, interior de São Paulo.
















Como base, será utilizado o projeto feito pelo escritório 24.7, de Campinas. O projeto foi escolhido através do Concurso Habitação Para Todos, realizado pela CDHU e o departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) no final do ano passado.

O projeto prevê a construção de casas térreas de dois e três quartos com 52 m² e 63 m², com valor aproximado de R$ 1 mil por metro quadrado. A casa é constituída de dois "blocos lineares", que abrigam todos os cômodos da casa. O projeto prevê também a diferenciação e a personalização das fachadas, com o objetivo de evitar repetição nos conjuntos habitacionais executados normalmente.

Para buscar a sustentabilidade, as casas contam com características como a implantação no eixo norte-sul, permitindo iluminação natural o dia inteiro, já que foram pensadas muitas janelas para cada casa.

Além disso, as casas contam com sistemas de exaustão de ar quente, massa térmica para aquecimento no inverno, paredes que ventilam sem perdas térmicas, pátios internos, ventilação permanente, coberturas inerciais, além de proteções solares. Segundo o arquiteto Giuliano Pelaio, sócio do escritório, "90% da sustentabilidade de um projeto é alcançado exclusivamente através de decisões projetuais graças à correta interpretação climática do local e não pela especificação de materiais ecológicos. E neste projeto não foi diferente".

A acessibilidade também foi uma das preocupações dos arquitetos: a parte interna das casas foi concebida de acordo com os módulos de acessibilidade, onde todos os ambientes possuem condições de deslocamentos, rotações e passagem para uma cadeira de rodas e acesso em nível para o interior da casa, além de vãos das portas com 90 cm.

A ventilação natural se dá através do posicionamento de aberturas na fachada e através da captação da ventilação fresca gerada pelos pátios projetados entre os blocos.
















Iluminação natural




















Fonte: Piniweb

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