segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O que cada um de nós pode fazer?

Cientistas do mundo todo estão alertando para a seriedade do aquecimento global. Não é uma possibilidade: é real, é grave e ameaça nossas vidas e o futuro dos nossos filhos.

Entretanto, esses mesmos cientistas acreditam que ainda não é demasiado tarde para evitarmos as conseqüências mais severas que atingirão nosso planeta no decorrer deste século – desde que tomemos uma atitude já!

Não são somente os grupos, empresas e instituições os únicos responsáveis pelas melhorias. Cada um de nós pode promover ações individuais simples e que, no entanto, fazem toda a diferença.

Confira a seguir algumas dicas para você praticar, divulgar e, principalmente, convencer seus vizinhos, conhecidos e amigos para fazerem o mesmo:


1 Tem equipamentos no modo stand-by? Aquela luzinha do aparelho que fica ligada mesmo quando você desliga o aparelho. Desligue-os da tomada! A International Energy Agency17 estima que aparelhos em stand-by sejam responsáveis por 1% das emissões mundiais de gases de efeito estufa - quase o mesmo de toda a indústria de aviação! Além disso, são responsáveis por grande parte da sua conta de energia. Lâmpadas fluorescentes (também chamadas de lâmpadas frias) podem proporcionar uma redução de até 50% na sua conta de luz no final do mês!

2 Prefira eletrodomésticos que levem selos “sustentáveis”, como o Energy Star e o Procel. Em uma escala de consumo energético de A a G, prefira aqueles que estão entre A e C. Isso demonstra que aquele aparelho apresenta baixos índices de desperdício de energia.

3 Recorra a fontes renováveis de energia. Bastante difundida, mas ainda não muito acessível é a energia solar. Seu investimento não demora mais do que alguns anos para retornar. Outra alternativa largamente usada em países europeus é a energia eólica. Trata-se da geração de energia através de correntes de vento.

4 Prefira carros com motor menos potente e dê preferência aos modelos a álcool. Além de maior economia de combustível, são menos poluidores.

5 Rode sempre com os pneus calibrados. Um pneu com a pressão correta reduz sua emissão de carbono em 1kg a cada 100km rodados. Uma manutenção preventiva, como troca de óleo, filtros de ar e óleo e troca das velas são também boas atitudes.

6 Estabeleça políticas de rodízio e carona entre amigos e colegas de trabalho que residam perto de você e no seu condomínio. Com isso, o número de carros nas ruas é reduzido e a poluição é menor.

7Dê preferência ao transporte coletivo, como trens, metrô ou ônibus. Caso a distância não for grande, prefira o uso da bicicleta ou vá a pé.

8 Fique atento à procedência de frutas, verduras e legumes. A produção local de alimentos elimina grande parte das emissões geradas pela necessidade de embalagem, armazenagem e transporte. A agricultura tradicional em larga escala depende de equipamentos e tranportes que exigem alto consumo de combustível fóssil, como também de fertilizantes à base de nitrogênio. Um grande inimigo do clima é o óxido nitroso, encontrado em adubos e fertilizantes químicos. Estudos indicam que o solo cultivado organicamente aumenta os níveis de retenção de carbono, ao passo que métodos agrícolas tradicionais não fixam carbono no solo.

9 Dentre as embalagens, prefira as recicláveis. O processo de reciclagem gera uma economia em torno de 80% de energia em relação à produção inicial, além de exigir a metade do volume de água.

10 Faça captação de água da chuva e tenha uma caixa d’água só para esse fim. Ela pode ser usada para jardins e em vasos sanitários, tendo em vista que a água é um dos recursos naturais que tende a se tornar escasso com o agravamento do aquecimento global.

11 Adote a política R-R-R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Em termos domésticos, pode ser aplicado desde vidro de geléia até papeis de rascunho que podem ser melhor utilizados.

12 Aumente a vida útil do seu computador atualizando seus componentes. Para cada máquina nova produzida são utilizados cerca de 22kg de plástico e outros 24kg de substâncias tóxicas, como chumbo e bário.

13 Plante árvores, flores e plantas. Além de proporcionar uma bela decoração para o seu ambiente captam parte do gás carbônico retido na atmosfera.

14 Incentive a coleta seletiva de lixo. Separe metais, plásticos, vidros, madeira, papel e lixo orgânico, pois os aterros sanitários são reponsáveis por grandes liberações de metano.

15 A maior contribuição que você pode dar para combater a mudança climática é alterando seus hábitos de consumo com a prática do consumo sustentável, procurando consumir produtos de fornecedores que respeitam o meio ambiente, e particularmente aqueles produzidos através de processos industriais que procuram reduzir ou compensar os gases de efeitos estufa, exercendo sua cidadania de forma ativa, agindo, dessa forma, como um cidadão global. O consumismo (consumir mais do que necessitamos para a plena realização humana) é a base de toda a degradação socioambiental que estamos assistindo, por isto este ponto é considerado de suma importância no combate às mudanças climáticas.


16 – Seja solidário! Somente com a SOLIDARIEDADE poderemos vencer os desafios do aquecimento global, sendo que a principal idéia a ser disseminada é a de que nossas ações individuais somadas podem fazer uma grande diferença quando concentradas numa única direção.
Por mais que sua contribuição pareça ser muito pequena diante de todos esses desafios, faça a sua parte, pois somente através do nosso próprio exemplo poderemos motivar outras pessoas. Saiba que VOCÊ é a parte mais importante neste processo, e tenha consciência de que cada um de nós tem o poder de influenciar outras pessoas.
Você sabia que hoje em dia as pessoas carecem de bons propósitos e bons exemplos para seguirem? Muitos propósitos falsos e destrutivos são cuidadosamente implantados na mente das pessoas para atender o interesse de grupos que querem manter seu status de poder a qualquer preço, mesmo que isto implique em mais degradação social e ambiental!


Vamos exercer uma posição de liderança numa sociedade que está à apenas um fio de cabelo da destruição, portanto, sejamos os disseminadores de propósitos positivos na sociedade!


Compartilhe conosco a meta inicial de engajar 1 MILHÃO de pessoas nesta causa, assim poderemos conseguir grandes resultados através da solidariedade, pois, JUNTOS, CADA UM DE NÓS VALE MAIS!


Se 1 milhão de pessoas disser: “Eu posso ajudar a combater o aquecimento global”, estaremos dando o primeiro passo, portanto assuma este compromisso conosco e faça parte desta causa!


Se 1 milhão de pessoas reduzissem suas emissões em 10%, trocassem suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes, deixassem o carro em casa pelo menos um dia da semana, desligassem seus aparelhos em stand by, trocassem seu refrigerador por um modelo mais eficiente, reciclassem seu lixo, utilizassem energia solar, plantassem uma árvore, passassem a usar biocombustível....., estaremos liderando pelo nosso exemplo, nos tornando um modelo a ser seguido pelos outros!


Agora, se 1 milhão de pessoas convencerem seus amigos, que convencerem mais 1 milhão de amigos, que convencerem mais 1 milhão de amigos para fazerem parte dessa causa....

.....PODEMOS MUDAR A HISTÓRIA DA TERRA!!


Resumo e conclusões



Os textos a seguir foram extraídos das Conclusões Gerais e das Recomendações do “Sumário Técnico” dos “Relatórios de Clima” do INPE. Preferimos usar os textos na forma original por se tratar de informações oficiais e confiáveis.

“O efeito estufa é um fenômeno natural: parte do calor da energia solar que atinge o planeta é aqui retida por gases que se acumulam na atmosfera, e parte desse calor é liberado para o espaço. Mas a concentração na atmosfera de alguns desses gases, especialmente o gás carbônico, aumentou muito no século 20, em virtude do intenso e crescente uso de combustíveis derivados do petróleo, gás e carvão; do desmatamento; do aumento de resíduos orgânicos nas cidades ou nas atividades agropecuárias; no uso de substâncias e gases em processos industriais e equipamentos.

Tudo isto conduz a uma intensificação do efeito estufa, sendo isto a causa principal do aquecimento global, observados durante os últimos 100 anos. Esses gases (gás carbônico, metano, dióxido de enxofre, etc.) permanecem na atmosfera por várias décadas, o que significa que se as emissões fossem zeradas, o planeta continuaria se aquecendo e o clima continuaria tendo transformações por muito tempo ainda que numa taxa menor. Para enfrentar o problema de aquecimento global e lidar com esses problemas, mais de 150 países assinaram a Convenção das Nações sobre Mudanças Climáticas em 1992, e o protocolo de Quioto em dezembro de 1997. O Protocolo de Quioto só entrou em vigor em fevereiro de 2005, ainda que não tenha sido ratificado pelos Estados Unidos da América.

No Brasil, dois grandes fatores contribuem com as causas: o desmatamento da Amazônia e Mata Atlântica e o aumento das queimadas como conseqüência, e o aumento no uso de combustíveis, especialmente derivados do petróleo ou carvão mineral. Os acordos internacionais deixam claros que os países devem assumir alguns compromissos, que tentam promover o desenvolvimento sustentável, reduzindo e evitando o desmatamento; recuperando áreas degradadas; o uso de forma mais eficiente da energia disponível e ampliando o uso de energia renovável, como solar e eólica. Assim, é preciso que governos federais e locais, as empresas, sociedades, profissionais e os institutos de pesquisa estejam mais bem informados sobre o problema e especialmente sobre as soluções.”

“As alterações climáticas afetarão os elementos básicos da vida das pessoas globalmente – acesso à água, produção de alimentos, saúde e ambiente. Centenas de milhões de pessoas poderão sofrer de fome, de falta de água e de inundações costeiras à medida que o planeta torna-se mais quente. Mesmo para um aquecimento mais moderado, todas as provas - desde os estudos detalhados dos modelos globais e regionais - demonstram que as alterações climáticas terão um impacto grave sobre a produção mundial de alimentos, a vida humana e o ambiente. As provas científicas são presentemente esmagadoras: as alterações climáticas são uma grave ameaça global, que exige respostas regionais, nacionais e globais urgentes.

Já não é mais possível impedir as alterações climáticas que terão lugar nas próximas duas a três décadas, mas é possível proteger de certo modo nossas sociedade e economia dos seus impactos – por exemplo, prestando melhor informação, um planejamento aperfeiçoado de culturas agrícolas e infra-estruturas resistentes ao clima.”

Para a nossa geração fica claro que temos que escolher entre dois caminhos: continuar com os erros do passado e sermos lembrados como aqueles que tiveram conhecimento e foram alertados sobre o assunto, porém continuaram adormecidos e nada fizeram; ou a geração que acordou, tomou a responsabilidade para si e fez algo a respeito, pois, sobre qualquer assunto ou área da vida, a coisa mais errada a se fazer É
NÃO FAZER NADA!

A nossa conclusão final é que, dada a urgência deste assunto, não devemos esperar nem contar com soluções de governos, empresas ou outras entidades, e colocarmos em prática nosso lema de que
ALGO SEMPRE PODE SER FEITO A RESPEITO!

O YouSol acredita que cada
UM de nós tem o poder de exercer influência na sua área e, unidos pelaSOLIDARIDADE, podemos nos transformar em grandes agentes de mudança na sociedade, AJUDANDO A ESTABILIZAR O CLIMA DA TERRA, motivados pelo espírito da
SOBREVIVÊNCIA !!!




O que já está sendo feito a respeito?


O Protocolo de Kyoto – Ação Governamental Global
Trata-se de uma convenção internacional entre 184 países com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O acordo visa promover uma redução de 5% entre 2008 e 2012, com base nos índices de 1990, válido para países desenvolvidos. Economias emergentes e/ou em desenvolvimento não têm índices obrigatórios pré-fixados de redução de emissões, pois tem outras prioridades, como a redução da pobreza e da desigualdade. No entanto, se comprometeram a colaborar de outra forma para a redução global, conforme explicado a seguir.
Adotado em 11 de dezembro de 1997 em Kyoto, no Japão, o Protocolo não surgiu da noite para o dia. É o resultado de diversas discussões que provocaram a tomada de consciência dos problemas que advêm das mudanças climáticas. O tema foi discutido em 1992 no Brasil, no Rio de Janeiro, no encontro da “Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento”, que ficou conhecida como ECO 92. Na ocasião, 160 países assinaram um acordo que estabelecesse a base para a cooperação intenacional sobre o aquecimento global, chamada de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, cuja sigla em inglês é UNFCCC.

Uma vez redigido, era preciso ratificar (ou seja, era preciso que fosse assinado pelos países). O Protocolo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005 após ser rafiticado por 55 países. A Austrália relutou até dezembro de 2007 para assinar. Já os Estados Unidos, que encabeça junto com a China o topo da lista dos maiores emissores, ainda não ratificou o tratado, alegando que isto afetaria seu crescimento econômico.

Apesar do governo federal dos EUA ainda não ter ratificado o Protocolo, os estados americanos vêm desenvolvendo seus próprios planos de combate ao aquecimento global, com destaques especiais para os estados da Califórnia e Nova York.


Com o novo governo do presidente Barack Obama, iniciado em 2009, a posição dos Esatdos Unidos sobre a questão climática ganhou novos rumos, exemplificada pela frase do enviado do presidente Todd Stern compromentendo-se a "compensar o tempo perdido" para chegar a um acordo global contra o aqueciemento, dita no início dos trabalhos da reunião dos líderes do G20 (grupo formado pelas nações mais ricas e as principais economias emergentes do mundo) no início de Abril de 2009.


A proposta do Protocolo abrange três mecanismos de flexibilização para redução de emissões. São eles: o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), o Comércio de Emissões e a Implementação Conjunta.
O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO (MDL) permite que países desenvolvidos adquiram RCEs – Redução Certificada de Emissões (também chamadas de créditos de carbono*) - através da compra dos resultados dos projetos em países em desenvolvimento. Através desse mecanismo os países desenvolvidos acabam auxiliando os projetos de redução ou absorção de carbono dos países em desenvolvimento, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável desses países. Os projetos de MDL devem seguir métodos padronizados para serem válidos, devendo também ser aprovados por órgãos governamentais, incluindo as Nações Unidas.
O COMÉRCIO DE EMISSÕES institui uma espécie de moeda de troca entre os países membros (anexo I do Protocolo), permitindo que os mais poluidores comprem créditos de países com emissão abaixo da meta estabelecida, ou seja, o país que tenha diminuído suas emissões abaixo de sua meta pode vender o excesso de sua redução ao país que não tenha alcançado sua meta de redução.
Já o mecanismo da IMPLEMENTAÇÃO CONJUNTA permite que países desenvolvidos possam cumprir suas metas de redução através de projetos que reduzam ou absorvam emissões de gases de efeito estufa implementados em outros países desenvolvidos, no qual o custo para a redução seja mais baixo.
O comércio dos créditos de carbono forma o que se conhece como mercado de carbono, existindo os “mercados Quioto” (projetos baseados no Protocolo de Quioto), e os “mercados voluntarios”, conforme explicado no próximo item.
* Crédito de carbono é o nome genérico atribuído a uma tonelada de carbono equivalente resultante de projetos que reduzam ou absorvam gases de efeito estufa da atmosfera.

Ações voluntárias - as pessoas mudam o mundo


Muito se ouve falar em ONG’s, fundações, institutos, empresas e cidadãos que promovem ações voluntárias contra o aquecimento global, como por exemplo o reflorestamento. São ações que têm por objetivo ajudar na adaptação (tomar ações para se prevenir contra a mudança do clima) e mitigação (reduzir as emissões de gases de efeito estufa) dos efeitos das mudanças climáticas, sejam estas ações o simples plantio de árvores, ou ajudando a conscientizar outras pessoas sobre o problema, ou qualquer outro tipo de medida que esteja ao alcance de cada um.
A existência de um voluntariado ativo e forte em um país pode representar impactos positivos na formulação de políticas públicas, pois caso a população não tome atitudes a respeito, quem as toma é o governo. E já existem projetos de lei tramitando no Congresso Nacional no Brasil e em governos de outros países que dizem respeito à taxação compulsória de emissões do carbono, dando início à chamada reforma tributária ecológica.

Existem também os chamados mercados voluntários de carbono, nos quais são comercializados créditos de carbono gerados a partir de ações voluntárias de redução e/ou absorção de carbono da atmosfera.

Embora não seja regulamentado, o mercado voluntário de carbono tem recebido adesão de cidadãos e empresas que queiram compensar sua pegada de carbono*
. Este mercado mais do que triplicou em 2007, saltando de U$ 97 milhões em 2006 para U$ 331 milhões em 2007, segundo o estudo “O Estado do Mercado Voluntário de Carbono 2008” elaborado pela Ecosystem Marketplace e pela New Carbon Finance, importantes entidades internacionais de pesquisa e consultoria na área.

Como exemplo de um importante referencial neste mercado, podemos citar o caso da Bolsa do Clima de Chicago (CCX), a qual concentra grande parte do volume de negócios gerados no mercado voluntário.


* Pegada de Carbono - é a quantidade de CO2 que cada um de nós produz, apenas levando nossa vida diária. Ir ao trabalho, acender uma luz, pegar um vôo nas férias.




Impactos das mudanças climáticas no Brasil

Pesquisas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) apontam que o Brasil é um país vulnerável à mudança climática, sendo que em muitas regiões brasileiras o ano de 2007, por exemplo, iniciou com chuvas intensas e suas drásticas conseqüências: enchentes, deslizamentos, desmoronamentos, perdas agrícolas, etc.

Todas as regiões do país serão afetadas, em especial a Amazônia, onde o aquecimento pode ser de até 8ºC. A floresta densa e alta pode transformar-se numa vegetação rala, semelhante ao cerrado. Carlos Nobre, pesquisador do INPE, chama o fenômeno de “savanização” da Amazônia. A perda da floresta causará impacto no país inteiro, pois o clima da Amazônia influencia a circulação de ar sobre os oceanos Atlântico e Pacífico, afetando o restante do país.

A seguir temos as principais conclusões do projeto “Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do Século XXI”, elaborado pelo CPTEC/INPE em conjunto com outras instituições:




  1. Com o aquecimento global, algumas regiões do Brasil terão seus índices de temperatura e chuva aumentados, e em outras, diminuídos. Chuvas isoladas serão mais violentas e os temporais mais freqüentes. Aumento dos extremos de temperatura, com aumento nas temperaturas diurnas e noturnas de forma mais intensa no inverno.

  2. No que concerne à população, aqueles com menos recursos e que têm menor capacidade de se adaptar são os mais vulneráveis. O Nordeste é a região mais vulnerável às mudanças climáticas. O semi-árido Nordestino pode transformar-se em região árida, afetando a agricultura de subsistência regional, a disponibilidade de água e a saúde da população, obrigando as populações a migrarem, gerando ondas de “refugiados do clima” para as grandes cidades da região ou para outras regiões, aumentando os problemas sociais já presentes nas grandes cidades.

  3. A mudança climática poderá alterar a estrutura e funcionamento dos ecossistemas, com a conseqüente perda de biodiversidade e de recursos naturais, intensificados pelo desmatamento provocado pelo homem. Alterações das rotas migratórias e mudanças nos padrões reprodutivos são alguns desses efeitos, tendo como conseqüência o desaparecimento de plantas e animais que vivem em equilíbrio com as florestas. Temese que a capacidade de absorção de carbono das florestas tropicais, muito sensíveis à mudança climática, diminua com o tempo, e que estas deixem de funcionar como sumidouro de carbono e passem a ser fonte de emissão deste gás. No pior cenário, a Amazônia pode virar savana até final do Século XXI devido ao aumento na concentração de gases de efeito estufa.
  4. Os recifes de corais são especialmente vulneráveis às mudanças na temperatura da água - calcula-se que um aumento entre 3 e 4 graus causaria sua morte.

  5. A mudança climática pode causar um aumento do risco de incidência de doenças como malária, dengue, febre amarela e encefalite, que teriam condições mais favoráveis para se expandir num planeta mais quente, em parte porque os insetos que as carregam (caso da malária e da dengue) teriam mais facilidade para se reproduzir. Esta também aumentará o risco de contrair salmonelose12, cólera e outras doenças de transmissão por meio da água. Doenças respiratórias também poderiam ser mais comuns como conseqüência de um possível aumento na incidência de incêndios na floresta e vegetação da Amazônia e cerrado, devido a redução de chuva numa atmosfera mais quente e mais seca.

  6. Além disso, teme-se que milhares de pessoas morram anualmente como conseqüência das ondas de calor, especialmente os mais vulneráveis como crianças e idosos. A queda da produtividade agrária também agravará a desnutrição, que hoje em dia já afeta 800 milhões de pessoas globalmente.

  7. Em todas as grandes cidades, o aquecimento global também deve aumentar o problema das ilhas de calor, no qual prédios e asfalto retêm muito mais radiação térmica do que nas áreas não-urbanas.

  8. As mudanças climáticas no Brasil ameaçam intensificar as dificuldades de acesso à água. A combinação das alterações do clima, na forma de falta de chuva ou pouca chuva acompanhada de altas temperaturas e altas taxas de evaporação, e com competição por recursos hídricos, pode levar a uma crise potencialmente catastrófica, sendo os mais vulneráveis os agricultores pobres, como os agricultores de subsistência na área do semi-árido do Nordeste (“polígono da seca”), região semiárida de 940 mil km2, que abrange os nove Estados do Nordeste, e enfrenta um problema crônico de falta de água.



    Segundo dados extraídos dos Relatórios de Clima do INPE as mudanças climáticas por região do Brasil englobam:

    NORTE:

    A temperatura pode subir até 8°C com redução de até 20% no volume de chuvas, trazendo perdas nos ecossistemas e biodversidade na Amazônia; mais eventos extremos de chuvas e secas; baixos níveis dos rios; condições favoráveis para mais queimadas; impactos na saúde e comércio; efeitos no transporte de umidade para as regiões Sul e Sudeste do Brasil.

    NORDESTE:

    A temperatura pode aumentar até mais 4°C e o clima podem ficar até 20% mais seco; mais veranicos; clima pode transfirmar-se de semi-árido para árido; alta taxa de evaporação pode afetar o nível dos açudes e agricultura de subsistência; escassez de água (mais ainda); migração do campo para as cidades (refugiados do clima).

    SUDESTE:

    Aumento de até 6°C na temperatura, com extremos de chuva e seca; impactos na agricultura como, por exemplo, retração do café; problemas de saúde e geração de energia; aumento de chuvas e inundações, trazendo consigo doenças como leptospirose e diarréias; cidades litorâneas vulneráveis com a elevação no nível do mar, sendo a cidade do Rio de Janeiro uma das mais vulneráveis.

    SUL:

    A temperaura pode subir até 6°C, com mais eventos intensos de chuva; aumento na freqüência de noites quentes; altas temperaturas e chuvas intensas podem afetar a saúde da população; impactos na Araucária, agricultura, geração de energia e recursus hídricos, juntamente com o Sudeste, pode vir a receber levas de imigrantes do Nordeste. Pode tornar-se mais susceptível a eventos extremos com o furacão Catarina, que atingiu a região em 2004.

    CENTRO-OESTE:

    Pode ficar até 6°C mais quente, com mais eventos extremos de chuva e seca; impactos no Pantanal e Cerrado, com perdas na biodversidade; altas taxas de evaporação e veranicos com ondas de calor, afetando saúde, agricultura e geração de energia.


    Pessoal, dêem uma olhada nesse vídeo do greenpeace que mostra os efeitos do aquecimento global no Brasil, com cenas impressionantes da Amazônia, precisamos nos mobilizar e fazer algo urgente.
    Um dos dados que tenho recente é do relatório Stern que está sendo realizado para o Brasil, que mostra que as plantações de café, que influenciam muito a economia do Brasil, vão ter que mudar de região devido ao aumento da temperatura nas regiões em que o café é cultivado.