Pesquisas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) apontam que o Brasil é um país vulnerável à mudança climática, sendo que em muitas regiões brasileiras o ano de 2007, por exemplo, iniciou com chuvas intensas e suas drásticas conseqüências: enchentes, deslizamentos, desmoronamentos, perdas agrícolas, etc.
Todas as regiões do país serão afetadas, em especial a Amazônia, onde o aquecimento pode ser de até 8ºC. A floresta densa e alta pode transformar-se numa vegetação rala, semelhante ao cerrado. Carlos Nobre, pesquisador do INPE, chama o fenômeno de “savanização” da Amazônia. A perda da floresta causará impacto no país inteiro, pois o clima da Amazônia influencia a circulação de ar sobre os oceanos Atlântico e Pacífico, afetando o restante do país.
A seguir temos as principais conclusões do projeto “Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do Século XXI”, elaborado pelo CPTEC/INPE em conjunto com outras instituições:
Todas as regiões do país serão afetadas, em especial a Amazônia, onde o aquecimento pode ser de até 8ºC. A floresta densa e alta pode transformar-se numa vegetação rala, semelhante ao cerrado. Carlos Nobre, pesquisador do INPE, chama o fenômeno de “savanização” da Amazônia. A perda da floresta causará impacto no país inteiro, pois o clima da Amazônia influencia a circulação de ar sobre os oceanos Atlântico e Pacífico, afetando o restante do país.
A seguir temos as principais conclusões do projeto “Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do Século XXI”, elaborado pelo CPTEC/INPE em conjunto com outras instituições:
- Com o aquecimento global, algumas regiões do Brasil terão seus índices de temperatura e chuva aumentados, e em outras, diminuídos. Chuvas isoladas serão mais violentas e os temporais mais freqüentes. Aumento dos extremos de temperatura, com aumento nas temperaturas diurnas e noturnas de forma mais intensa no inverno.
- No que concerne à população, aqueles com menos recursos e que têm menor capacidade de se adaptar são os mais vulneráveis. O Nordeste é a região mais vulnerável às mudanças climáticas. O semi-árido Nordestino pode transformar-se em região árida, afetando a agricultura de subsistência regional, a disponibilidade de água e a saúde da população, obrigando as populações a migrarem, gerando ondas de “refugiados do clima” para as grandes cidades da região ou para outras regiões, aumentando os problemas sociais já presentes nas grandes cidades.
- A mudança climática poderá alterar a estrutura e funcionamento dos ecossistemas, com a conseqüente perda de biodiversidade e de recursos naturais, intensificados pelo desmatamento provocado pelo homem. Alterações das rotas migratórias e mudanças nos padrões reprodutivos são alguns desses efeitos, tendo como conseqüência o desaparecimento de plantas e animais que vivem em equilíbrio com as florestas. Temese que a capacidade de absorção de carbono das florestas tropicais, muito sensíveis à mudança climática, diminua com o tempo, e que estas deixem de funcionar como sumidouro de carbono e passem a ser fonte de emissão deste gás. No pior cenário, a Amazônia pode virar savana até final do Século XXI devido ao aumento na concentração de gases de efeito estufa.
- Os recifes de corais são especialmente vulneráveis às mudanças na temperatura da água - calcula-se que um aumento entre 3 e 4 graus causaria sua morte.
- A mudança climática pode causar um aumento do risco de incidência de doenças como malária, dengue, febre amarela e encefalite, que teriam condições mais favoráveis para se expandir num planeta mais quente, em parte porque os insetos que as carregam (caso da malária e da dengue) teriam mais facilidade para se reproduzir. Esta também aumentará o risco de contrair salmonelose12, cólera e outras doenças de transmissão por meio da água. Doenças respiratórias também poderiam ser mais comuns como conseqüência de um possível aumento na incidência de incêndios na floresta e vegetação da Amazônia e cerrado, devido a redução de chuva numa atmosfera mais quente e mais seca.
- Além disso, teme-se que milhares de pessoas morram anualmente como conseqüência das ondas de calor, especialmente os mais vulneráveis como crianças e idosos. A queda da produtividade agrária também agravará a desnutrição, que hoje em dia já afeta 800 milhões de pessoas globalmente.
- Em todas as grandes cidades, o aquecimento global também deve aumentar o problema das ilhas de calor, no qual prédios e asfalto retêm muito mais radiação térmica do que nas áreas não-urbanas.
- As mudanças climáticas no Brasil ameaçam intensificar as dificuldades de acesso à água. A combinação das alterações do clima, na forma de falta de chuva ou pouca chuva acompanhada de altas temperaturas e altas taxas de evaporação, e com competição por recursos hídricos, pode levar a uma crise potencialmente catastrófica, sendo os mais vulneráveis os agricultores pobres, como os agricultores de subsistência na área do semi-árido do Nordeste (“polígono da seca”), região semiárida de 940 mil km2, que abrange os nove Estados do Nordeste, e enfrenta um problema crônico de falta de água.
Segundo dados extraídos dos Relatórios de Clima do INPE as mudanças climáticas por região do Brasil englobam:NORTE:A temperatura pode subir até 8°C com redução de até 20% no volume de chuvas, trazendo perdas nos ecossistemas e biodversidade na Amazônia; mais eventos extremos de chuvas e secas; baixos níveis dos rios; condições favoráveis para mais queimadas; impactos na saúde e comércio; efeitos no transporte de umidade para as regiões Sul e Sudeste do Brasil.NORDESTE:A temperatura pode aumentar até mais 4°C e o clima podem ficar até 20% mais seco; mais veranicos; clima pode transfirmar-se de semi-árido para árido; alta taxa de evaporação pode afetar o nível dos açudes e agricultura de subsistência; escassez de água (mais ainda); migração do campo para as cidades (refugiados do clima).SUDESTE:Aumento de até 6°C na temperatura, com extremos de chuva e seca; impactos na agricultura como, por exemplo, retração do café; problemas de saúde e geração de energia; aumento de chuvas e inundações, trazendo consigo doenças como leptospirose e diarréias; cidades litorâneas vulneráveis com a elevação no nível do mar, sendo a cidade do Rio de Janeiro uma das mais vulneráveis.SUL:A temperaura pode subir até 6°C, com mais eventos intensos de chuva; aumento na freqüência de noites quentes; altas temperaturas e chuvas intensas podem afetar a saúde da população; impactos na Araucária, agricultura, geração de energia e recursus hídricos, juntamente com o Sudeste, pode vir a receber levas de imigrantes do Nordeste. Pode tornar-se mais susceptível a eventos extremos com o furacão Catarina, que atingiu a região em 2004.CENTRO-OESTE:Pode ficar até 6°C mais quente, com mais eventos extremos de chuva e seca; impactos no Pantanal e Cerrado, com perdas na biodversidade; altas taxas de evaporação e veranicos com ondas de calor, afetando saúde, agricultura e geração de energia.Pessoal, dêem uma olhada nesse vídeo do greenpeace que mostra os efeitos do aquecimento global no Brasil, com cenas impressionantes da Amazônia, precisamos nos mobilizar e fazer algo urgente.Um dos dados que tenho recente é do relatório Stern que está sendo realizado para o Brasil, que mostra que as plantações de café, que influenciam muito a economia do Brasil, vão ter que mudar de região devido ao aumento da temperatura nas regiões em que o café é cultivado.
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