domingo, 23 de agosto de 2009

Refugiados do Clima

É pessoal a situação está se agravando, já vemos as conseqüências se fazendo presente, e o que podemos fazer para diminuí-las?
No Pacífico Sul, uma pequena ilha chamada Kiribati está sendo castigada pelo aquecimento global e sua população de 105 mil habitantes está abandonando o país, que já foi considerado um santuário da natureza. Moradores constroem barragens para tentar conter o avanço do mar, mas Kiribati está se desfazendo como um castelo de areia, sendo aos poucos coberta pelo mar, sofrendo inundações e desabamentos constantes que soterram as casas e a vegetação. Do paraíso ao inferno, seu povo experimenta o êxodo e seus habitantes entraram para a história como os primeiros refugiados do clima.
Um aumento de 80 cm no nível do mar inundaria cerca de 2/3 de dois grupos de ilhas do Pacífico: as ilhas Kiribati e Marshall. As Maldivas, no oceano Índico, não ficariam atrás, sendo que a maré alta cobre algumas vezes a pista do aeroporto de Malé, capital das Maldivas. A previsão é que mais ilhas estarão condenadas.
Nos próximos anos, segundo a ONU, centenas de milhões de pessoas em todo o mundo vão receber a triste denominação de refugiados do clima devido a problemas nas regiões onde vivem, afetando não só aqueles que vivem em ilhas, como também as pessoas que serão obrigadas a emigrar em função de aumento de secas ou excesso de chuvas.
Segundo o professor Norman Myers, da Universidade de Oxford, o planeta pode ter 200 milhões de refugiados do clima até 2050. Apenas em Bangladesh, os migrantes poderão atingir em breve a cifra de milhões, pois o país já se encontra muito fragilizado pelos impactos do aquecimento global: elevação do nível dos oceanos, derretimento das geleiras do Himalaia, seca, descontrole do regime de monções e ciclones cada vez mais fortes.
Como exemplo no Brasil, o aumento da aridez no Nordeste, previsto pelos cientistas, deve provocar outra migração em massa para o litoral e para os estados do Sudeste e do Sul, aumentando mais ainda os problemas sociais do nosso país.
A realidade é uma coisa assustadora. Estima-se que praticamente todas as cidades do litoral brasileiro irão perder uma boa faixa de terra com a elevação do nível dos oceanos.
Adeus Copacabana? Ipanema? Leblon? Cabo Frio ? Búzios ?
Não, não me digam isso, eu amo aquelas cidades......


Os refugiados do clima já são uma realidade.

Agora parece ser mais oficial. O presidente da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, Srgjan Kerim, afirmou durante o 1º encontro anual do Fórum Humanitário Global, na Suíça, que os “refugiados do clima” já são realidade. Isso significa que as mudanças climáticas estão provocando com que os moradores de determinados países fujam para outros por causa do aumento de enchentes, secas e epidemias.

“Os refugiados do clima não são mais teoria, são uma triste realidade”, afirmou Kerim, segundo informações da Agência de notícias da Onu. O aquecimento global tem causado uma intensa alteração na vida da população mundial, o que obriga a “uma aliança global para ações”. “Cada nação, cada cidade, cada município, cada comunidade e cada indivíduo tem um papel”, disse.
A União Européia já considerava o problema há alguns meses. Em uma reunião com os representantes dos países membros, a União Européia deifiniu um texto em que prtendia incluir os refugiados em suas políticas de relações exteriores e segurança. Alguns países afetados pelas mudanças climáticas já querem alegar que o fenômeno seja considerado como justificativa para a imigração, como acontece em casos de asilo político ou de refugiados de guerra.

Em 2007, a revista superinteressante noticiou que algumas ilhas do Pacífico Sul estavam sumindo, o que obrigava os moradores a imigrarem, tudo por causa do aquecimento global. A elevação do nível do mar pode engolir dois países: Kiribati e Tuvalu.


Aquecimento global poderá deixar milhões de "refugiados do clima".

Por Marlowe Hood BRUXELAS, 6 abr (AFP) - O aquecimento do planeta poderá provocar nos próximos anos o êxodo de dezenas de milhões de "refugiados do clima", expulsos de suas terras pelas secas e as doenças, previram diversos especialistas nesta sexta-feira em Bruxelas.

"De acordo com algumas estimativas, já há quase tantas pessoas deslocadas no mundo em razão do clima quanto refugiados tradicionais", declarou Yvo de Boer, secretário executivo da Convenção da ONU sobre mudanças climáticas (UNFCCC).

"Os números crescerão verdadeiramente, à medida que os efeitos das mudanças climáticas sejam mais perceptíveis, e poderão chegar a 50 milhões de pessoas até 2010", declarou a principal autoridade da ONU para o clima, durante uma entrevista coletiva à imprensa após uma reunião do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Já podem ser consideradas ameaçadas as comunidades vítimas do derretimento das geleiras na América do Norte e na Groenlândia, as populações africanas que sofrem com a falta de água devido ao encolhimento do lago Chade, ou as vítimas do ciclone Katrina em Nova Orleans.

Amanhã, seu número poderá aumentar com as pessoas que fogem dos grandes deltas inundados que chegam hoje a 300 milhões, das terras aráveis ressecadas ou das economias em crise dos Estados insulares do Pacífico, da África tropical ou do baixo mediterrâneo.

"A questão dos refugiados ambientais promete ser uma das crises humanitárias mais agudas de nosso tempo", segundo Norman Myers, professor da Universidade de Oxford especialista no assunto.

A definição de refugiado climático é objeto de debates acalorados. "O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (HCR) não quer que se use o termo refugiados climáticos.
Eles preferem que o termo refugiado seja aplicado apenas aos refugiados políticos", explica John Hay, porta-voz do UNFCCC.

Um relatório do IPCC sobre os impactos regionais das mudanças climáticas, divulgado nesta sexta-feira em Bruxelas, evita com isso o termo "refugiado" e prefere "migrantes ambientais", sem tentar estabelecer nem prever o seu número.

Muitos cientistas acreditam que é impossível singularizar as mudanças climáticas entre todas as razões que podem levar as populações desabrigadas a fugir de suas terras.

Mas "quando você acrescentar o clima aos outros fatores que impedem as populações de viver em suas terras, o número (de refugiados) aumentará", prevê Thomas Downing, diretor do Instituto Estocolmo de Meio Ambiente em Oxford e que contribuiu para o relatório do IPCC divulgado nesta sexta-feira.

Um estudo realizado em 2000 pela Cruz Vermelha e pelo Crescente Vermelho havia estimado em 25 milhões o número de pessoas prestes a migrar em razão da degradação de seu meio, o que quase atinge a cifra de refugiados que fogem de conflitos armados.

Segundo o Professor Myers, o número poderá dobrar até 2010, e arrisca a atingir 200 milhões de pessoas "quando o aquecimento global for plenamente sentido".


ONU estuda adoção de medidas para proteger refugiados do clima.





O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estuda estratégias de proteção aos chamados “refugiados do clima”, grupos de pessoas que estão deixando seus locais de origem por causa do impacto das mudanças climáticas, como elevação do nível dos mares e aumento da intensidade das secas em algumas regiões do planeta. De acordo com números da ONU, as mudanças climáticas devem forçar o deslocamento de cerca de 50 milhões de pessoas na próxima década.



De acordo com o oficial de proteção do Acnur no Brasil, Wellington Carneiro, a garantia de direitos internacionais a essas comunidades é um dos principais desafios atuais da entidade. “A rigor, no Direito Internacional de Refugiados, não existe uma figura que contemple o refugiado ambiental, que se desloca devido à catástrofes da natureza. É um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em dia. Há 60 anos não havia debate sobre mudança climática”, afirma.
O debate sobre a regulamentação de direitos e garantias a esse tipo de refugiado poderá incluir a flexibilização de regras para imigração, nesses casos, como já acontece em episódios de asilo político ou de refugiados de guerra.
Carneiro considera o conflito em Darfur, no Sudão, um dos primeiros casos de refugiados climáticos, porque, segundo ele, as disputas étnicas foram provocadas pelas escassez de recursos causadas pelas secas prolongadas na região, localizada entre o Deserto do Saara e a África Tropical. “Darfur levantou um debate muito sério sobre como as mudanças climáticas, a desertificação, as grandes catástrofes ambientais e principalmente a escassez de água e de recursos em regiões semidesérticas ou de seca podem provocar conflitos armados e gerar refugiados clássicos”, afirmou.
O provável desaparecimento de pequenas ilhas do Pacífico, como Tuvalu, e as Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, por causa do aumento do nível do mar e a desertificação de regiões semi-áridas podem deixar milhares de pessoas sem pátria. A ocorrência de ciclones e furacões também forçará o aparecimento de refugiados ambientais, como já aconteceu após o furacão Katrina, que atingiu Nova Orleans (Estados Unidos), em 2005, e o tsunami que devastou partes da Indonésia, Somália e Sri Lanka.
A maior parte do contingente de refugiados de catástrofes ambientais não chega a cruzar fronteiras nacionais, migra dentro dos países, segundo o Acnur. “Mas é uma crise humanitária como todas as outras. É preciso uma resposta coerente para proteger essas pessoas”, disse Carneiro.
O representante do Acnur também cita a Amazônia como um dos possíveis cenários de refugiados ambientais, pela possibilidade de eventos climáticos que provoquem desertificação, desaparecimento de espécies e perda de diversidade biológica, “o que afetaria diretamente os povos indígenas da região”.
Fonte: Ambiente Brasil

Sejam bem-vindos os "refugiados do clima".


Vendo no mapa são apenas alguns pontinhos.

Chegando mais perto encontramos mais ou menos mil e duzentas ilhas que vivem juntas já por milhares de anos.

O ponto mais alto desse arquipélago não passa dos 2,5 metros.
De quem estou falando? A seta vermelha já está indicando... As Ilhas das Maldivas.
Essa semana estava lendo sobre uma reportagem que fala sobre essas ilhas.
Segundo os cientistas que estudam o clima, as Maldivas será uma das primeiras vítimas do Aquecimento Global.
Nas próximas décadas elas simplesmente vão desaparecer do mapa
Esse arquipélago será "engolido" pelo mar.
Isso é tão real que o atual presidente das Maldivas - Mohamed Nasheed - já está pensando no que ele e as próximas autoridades farão com os atuais ( hoje cerca de 385.000 habitantes ) e futuros moradores das ilhas !
As ilhas serão engolidas pelas águas !
Uma realidade assombrosa? Sim.
Só para as Ilhas das Maldivas? Não.
Calcula-se que nas próximas décadas dois bilhões de pessoas serão "refugiados do clima".
Terão que sair de onde moram e se refugiarem para terras mais altas.
Infelizmente por causa da ganância da maioria das pessoas e o pouco caso dos governos mundiais, os futuros mapas que serão produzidos pelas editoras, não mais terão os pontinhos onde se localizam as Maldivas.
Adeus Maldivas !
Sejam bem-vindos os refugiados do clima !
Prá mudar esse futuro sombrio... só por Deus !

Mais ainda há esperança, precisamos nos conscientizar e passar essas informações para as pessoas e fazer a nossa parte o mais completamente possível.
Podemos ajudar na mudança que o mundo precisa, podemos ser a mudança que o mundo precisa usando a nossa vida, ou ficamos assistindo a tudo quietos, vendo o mundo ruir a nossa frente.
Lembrem-se, juntos somos mais fortes !!!
Contamos com a sua colaboração nesse caminho de mudança de consciência !!
Um grande abraço !!




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