quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Efeitos do Aquecimento Global no Pólo Norte

Abaixo, é possível acompanhar a variação da cobertura de neve no Hemisfério Norte. Perceba que perto da década de 1990 temos o registro mais baixo de cobertura de neve, e a linha de tendência mostra que essa situação não parece ter volta. Entre outros fatores, é o desaparecimento desta cobertura de neve que provoca o aumento da média global do nível do mar.



Fonte: IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – Relatório Sintético

Desde 1979, houve uma redução de cerca de 20% da calota de gelo no Pólo Norte, conforme pode ser observado na imagem a seguir:





Urso polar em extinção


O urso polar (Ursus aritimus), ou urso branco, encontra-se em perigo de extinção, devido ao aquecimento global, que afeta o seu ecossistema, uma vez que ao derreter o gelo nas zonas em que ele caça (até 3 semanas antes do que algumas décadas atrás), não conseguem armazenar suficiente gordura corporal para passar adequadamente o verão, que faz com que as fêmeas sejam menos férteis. Lembrando que, desde o parto, a fêmea passa meses sem comer e amamentando à cria, o que justifica a falta de fertilidade se não conseguiu obter a gordura necessária. E como estes animais acasalam entre Abril e Maio, mas os óvulos não são fertilizados até Setembro (implantação diferida), acontecem muitos casos de fêmeas que acasalaram mas depois não ficam fertilizadas, tendo alcançado em poucas décadas uma diminuição da taxa de natalidade do 15%. Na última lista dos 10 principais animais em perigo de extinção por causa da mudança climática, publicada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, em português aqui), o urso polar ocupa o primeiro lugar da lista, e indicam que, se a mudança climática continua o seu curso actual, a espécie vai desaparecer de aqui a 75 anos.




Este urso, rei do Ártico, é um carnívoro que caça e se alimenta de todo tipo de animais do seu entorno, excepto raposas e lobos, e ocasionalmente chegou a atacar animais domésticos em povoações.

Mesmo que seja raro o ataque ao homem (e esses casos correspondem quase todos a animais feridos previamente pelo próprio homem), até uns anos atrás a sua caça massiva, inclusive desde barcos e helicópteros, fez diminuir tanto o seu número que passou a espécie em perigo de extinção, pelo que se proibiu a sua caça.

Mas agora parece que volta a situar-se na mesma posição por diferente motivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário